Mágoas Amorosas de Elmano
Mágoas Amorosas de Elmano
Idyllio Por Bocage
Book Excerpt
De Venus, e de Analia, (iguaes no encanto)
De Venus, e de Analia as avezinhas.
Alli magoas não ha, não ha saudades,
Vivem como eu vivi, como eu não morrem!
Doce he ver-lhe os desejos innocentes,
Os momentos de Amor! He doce ouvir-lhe
Ternos gemidos em delicias ternas!
Unindo os bicos, se namorão, se instão,
Se afagão longamente, e arrulão juntas.
Nellas pejo não he, nem crime o gosto,
O altar da Natureza urdio seus laços!
Férreo Dever, que o Sentimento ancêa,
Dever, algôz de Elmano, algôz de Analia,
Nos tenros corações lhes não carrega!
De Venus, e de Analia as avezinhas.
Alli magoas não ha, não ha saudades,
Vivem como eu vivi, como eu não morrem!
Doce he ver-lhe os desejos innocentes,
Os momentos de Amor! He doce ouvir-lhe
Ternos gemidos em delicias ternas!
Unindo os bicos, se namorão, se instão,
Se afagão longamente, e arrulão juntas.
Nellas pejo não he, nem crime o gosto,
O altar da Natureza urdio seus laços!
Férreo Dever, que o Sentimento ancêa,
Dever, algôz de Elmano, algôz de Analia,
Nos tenros corações lhes não carrega!
Felices Passarinhos melindrosos,
De Analia inveja sois, de Elmano inveja,
Sois da ternura, e do prazer a imagem.
Felices Passarinhos! Esquecei-vos
Hum momento de vós para lembrar-vos
De dois saudosos, míseros Amantes:
Vós os vistes viver, morrer de amores,
Viste-os Mortaes, e parecião Numes!
Doces Escravos da prizão mais doce,
(Prizão, que apérto, que eternizo, e beijo!)
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