Salmos do prisioneiro
Salmos do prisioneiro
Book Excerpt
o pó e da secura, a redenção das cinzas apagadas do estio na brandura outonal e sua esperança, emquanto me adormecem no seu canto, murmurando-me os salmos dos seus córos, louvando ao Deus que os engrandece e exalta, na própria obediência me teem preso, acorrentado à terra na qual bebem todo o vigor e força de crescer, e arrebatado aos céus que lhes ensinam, e por eles me dizem, o misterio da sua caridade, a gloria da sua aspiração e o enlevo da sua formosura.
VII
Vive oculto um misterio em cada peito. Se o sangue o anima e move, insinuou-lhe um ser de luz ou treva, a força eterea, a do bem e a do mal, o fogo que consome e o que alumia, a cegueira mortal que precipita em profundas gehenas insondáveis, onde só a piedade vae salvar-nos, e o sonho que alevanta a espaços limpidos, onde os olhos não chegam nem alcançam e só o nosso coração póde subir.
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