Contos d'Aldeia
Contos d'Aldeia
Book Excerpt
o de pulseiras, de broches, de brincos, tudo oiro antigo, oiro de lei, massiço, mas muito feio!
As meninas não tiravam os olhos da viscondessa; e, como ficavam uma junto da outra, acotovelavam-se ás vezes, e segredavam:
--Vê, mana?...
--O que é?--perguntava a mais velha por entre dentes.
--Agora já se não usa cuia! Ora repare.
A morgada falava do amanho das terras, do pezo da derrama, e ás vezes para variar, dizia:
--Ora não estar cá pelo Santo Amaro! Havia de gostar. É uma festa como poucas! Faça ideia, viscondessa: ha arraial tres días, ha fogo preso, missa cantada, sermão...
E arregalando os olhos, e meneando pausadamente a cabeça, exclamava:
--Sermão! mas que sermão!...
Quando chegava a vez da minha visita, já a sr.^a viscondessa sabia todas as grandes novidades da terra. Era assim castigada a minha preguiça!
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