Dôr e Luz
Dôr e Luz
(Versos de um seminarista)
Book Excerpt
Os meus versos?--Aqui os tens. São a expressão da vida. Tristes, amargos e tristes, como as antífonas roucas dos mendigos aos portais dos milionários...
Bem sei que tu não os lês. Ninguem os lerá talvez...
Ou antes, ninguem os lerá senão tu... Que importa?--Hei-de lê-los eu, mais tarde, sosinho, quando já fôr velho (Ai!--se lá chegar...)
Este ramilhetinho de floritas bravías ha-de ter um perfume sempre novo para a minha alma alanceada... E talvez então eu chore, com estes meus olhos míopes, hoje tão sêcos de febre!
Já não ha luar. Nuvens e chuva... O vento geme lá fóra, ali nos castanheiros (nos nossos castanheiros, ó Faustino!) o _Dies irae_ das tempestades eternas...
Ai! o vento...--É bem a expressão formidavel do desespêro do mundo.
Ao menos eu tenho a paz, a paz bemdita, nesta minh
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